Volver

Cá estou de volta , depois de duas semanas de ausência, meio que forçada pela falta de tempo da correria do dia a dia, e meio que proposital, pela necessidade de por novamente em ordem minhas faculdades mentais...
E falando em retorno, após três fins de semana consecutivos sem ir ao cinema, no ultimo sábado voltei a pisar em uma sala de exibição.Estava com saudades daquele cheiro de gordura que levemente impregna o ambiente, fruto do consumo de pipoca por alguns freqüentadores.Fui conferir o longa metragem nacional “Divã”.
É a primeira vez que falo de cinema brasileiro aqui no blog e fico bastante satisfeito de poder falar coisas boas sobre este longa.O filme conta a historia de uma mulher casada a vinte anos e mãe de dois filhos que um belo dia resolve consultar-se com um psicanalista, nem ela mesmo sabe ao certo o motivo.A partir daí sua vida(e ela própria) começa a mudar.
O grande barato do longa, é que no final das contas o telespectador acaba participando de uma seção de analise, onde horas é o analista e horas o próprio paciente a ser analisado.Tudo isso sem querer dar lição de moral em ninguém, mais ou menos como em uma mancha de Rorscharch, onde a interpretação cabe unicamente a quem à ver.
O roteiro, que por sinal é a adaptação de uma peça teatral, que por sua vez é livremente inspirada em um livro, ganha ainda mais força graças ao trabalho de Lilia Cabral.Força matriz do filme, a intimidade da atriz com o texto é visível, e sua Mercedes cativa facilmente o público, que se envolve com ela do início ao fim.
O elenco de apoio é bastante eficiente, contando com Alexandra Richter, José Mayer(tirando um saro do próprio status de galã), Reinaldo Gianecchini(mostrando seu lado maconheiro em cena simplesmente hilária), Cauã Reymonde entre outros.
Com direção de José Alvarenga Jr., “Divã” é uma “dramédia” indicada para pessoas com e sem problemas psiquiátricos.
Até a próxima.