terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Mais um dia difícil

Antes de tudo desculpem-me pelas semanas de ausência injustificável, ainda que acredite não ter feito ninguém sentir minha falta.Feliz Natal e prospero ano novo, ainda que atrasado.Já escrevi alguma vez sobre o quanto gosto de 24 horas?Acho que não.Bem, acredito que perante ter acabado de assisti a sétima temporada completa da série, estou certo que este seja um bom momento para escrever um pouco sobre Jack Bauer.
O pai de um grande amigo disse em determinada ocasião que Jack deveria trabalhar apenas um dia por ano e tirar ferias durante os trezentos e sessenta e quatro dias restantes.Ele está coberto de razão.Se você acha que já teve um dia ruim na vida, assista a qualquer temporada de 24 Horas e pense melhor no assunto.Em sete dias acompanhei aflito a cada ameaça terrorista, traição, conspiração e reviravolta enfrentada por Jack.Sua tragédia pessoal tornou-se um pouco minha também, o que fez com que assistir ao sétimo ano de 24 horas acabace sendo muito mais do que um simples reencontro entre fã e ídolo após um período de quase dois anos, somente amenizado por 24 - A Redenção, que por sinal já semeava historias a serem desenvolvidas no sétimo dia.
Após um sexto ano, que cometeu o pecado de reduzir seu próprio protagonista a coadjuvante, pisou na bola ao apresentar seqüências de ação pouco inspiradas (a invasão de outra embaixada foi à prova máxima que os roteiristas não passavam por seus melhores momentos criativos), recebeu criticas negativas e a acusação de exaltar a pratica de tortura, a nova temporada funciona como uma resposta a tudo isso.É como se Jack Bauer estivesse se adaptando a era Obama. Numerosas e drásticas mudanças deram impulso para uma temporada digna de respeito.
A CTU (ou UCT) foi desmantelada e Jack começa este novo dia respondendo ao congresso americano pelas atitudes e condutas adotadas em dias anteriores.No meio do julgamento, Jack é chamado pelo FBI a colaborar em um momento de crise.Surpresa: Tony Almeida, amigo de Jack e personagem querido dos fãs da serie, não morreu na quinta temporada e é apontado como uma das engrenagens por de trás da nova ameaça.Mas nem tudo é o que parece e muita água correrá por debaixo da ponte, pois em um dia na vida de Jack Bauer é mais movimentado do que a vida inteira de qualquer ser na face deste planeta.
A ação foi transferida de L.A para Washington D.C e Jack tem de interagir com novos personagens como a presidente Taylor e a dupla de agentes do FBI Larry Moss e Renee Walker, que formam com nosso protagonista uma trinca de ases interessante.Moss é um sujeito tão honesto quanto Jack.Porém, incapaz de quebrar uma regra e contrario a tortura, ele repugna e recrimina a forma como Bauer resolve os problemas nos momentos de crise.Servindo de contra ponto a dois homens de convicções tão fortes e diferentes está Renee, que mesmo compartilhando o mesmo ponto de vista de Moss, se vê em muitos momentos obrigada a agir como Jack para que as coisas não fiquem ainda piores neste dia infernal.Ela retornará na oitava temporada e com certeza terá importante participação.Não seria justo esquecer do vilão desajustado vivido por Jon Voight.
Além de Tony, Kim Bauer (pela primeira vez na mitologia da serie sem cometer nenhuma estupidez), Bill Buchanan, Aaron Pierce e a agora mãe de família e dona de casa Chloe O’Brien (24 horas sem Chloe não é 24 Horas) estão participando deste dia de cão.As tramas alternativas que funcionaram de forma desastrosa no fatídico sexto ano voltam a ser um dos pontos fortes de outrora.Para não perder o costume um velho conhecido vai para vala.O barulho único que ecoava dos telefones da CTU é uma enorme ausência (pode parecer idiotice, mas quem é fã deve saber do que estou falando).
Ao fim de quarenta e oito horas de maratona e seis DVD’s, a sétima temporada coloca 24 Horas nos trilhos outra vez, com direito a um desfecho inesperado que abre o caminho para um oitavo dia cheio de oportunidades e novas emoções.Que todos nós tenhamos bons dias em 2010, não estendendo este desejo ao velho Jack Bauer.Que ele tenha mais um dia ruim em 2010, já que este pode ser o último ano da melhor série da década.Vai deixar saudades...

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