terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Aceita um cafezinho requentado?


Vai um cafezinho requentado ai?Pois isso é o que parece o texto de hoje sobre Lula - O filho do Brasil.Eu me esmeraria mais e seria um texto perfeito se publicado na semana passada.Hoje tem gosto de café requentado.Antes tarde do que nunca, não?Odeio servir café requentado quando vem visita em casa porém seria vergonhoso deixar de escrever sobre um filme desta magnitude só porque acredito que este texto está fora de validade.Ok, está, o filme estreou onze dias atrás.
Indo direto ao assunto, o filme do lula não é uma propaganda fascista descarada como alguns meios de comunicação sugeriram ou afirmaram.Trata-se de um melodrama feito sobre medida para agradar o grande público e fazer com que pessoas de coração mole se debulhem em lágrimas facilmente.É um bom filme, ágil e com uma ótima montagem.Passa longe de ser uma obra memorável.Do nascimento em Garanhuns(Pernambuco) até sua prisão durante a ditadura militar já como importante sindicalista, nosso presidente é retratado dando ênfase ao emocional e suprimindo a figura do político.O Lula retratado é quase que despido de quaisquer traço que defina a grande figura política que foi e que é.É impossível enxerga no Lula de Rui Ricardo Dias o político que Obama chamou de “O Cara” e que é constantemente apontado como uma das figuras políticas mais importantes da década.
Antes do político ou até mesmo do homem Luis Inácio, o roteiro prefere mostrar a trajetória de Dona Lindu e de como ela se esforçou para fazer de seus filhos alguém na vida.Ai entra Gloria Pires que entrega para audiência o melhor do filme.Sua atuação capta a perseverança, sabedoria e força da personagem fazendo com que o publico não fique jamais indiferente a sua figura.Quando o caixão da personagem desce lapide abaixo na cena final do filme o telespectador sente sua perda graças ao trabalho da atriz.Rui Ricardo Dias constrói seu personagem sem tentar imitar o Lula real o que já é uma dádiva, ele não passa vergonha em sua estréia.Quanto as mulheres da vida do presidente vividas por Cléo Pires e Juliana Barone não possuem muito espaço na narrativa para elas, o que acaba as resignando a uma atuação nada mais que correta.
Sem mais estender o texto, fazendo com que você leitor tenha que degustar mais deste café requentado, o longa metragem não ajudara em nada Dilma nas eleições deste ano.Se algum estudioso de plantão discordar por favor comente.Quanto a imagem do presidente acredito que o filme só ajudará a consolidar sua alta popularidade, considerando que a biografia, assim como boa parte das biografias por aí, constitui em uma exaltação “involuntária”.Garanto que a população mais carente que assisti a cópia pirata irá se identificar com algumas das cenas da vida do presidente.Semana que vem eu volto com um texto melhor.

3 comentários:

  1. Boa comparação, parece requintado mesmo.

    Entrei na sua comu mas meu recado foi parar no spam, vc entra na minha?

    Abraço!

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  2. Gostei da crítica em relação ao filme do Lula, me parece um filme interessante, pois mostra todo o lado emocional da figura carismática do Lula, mesmo não votando nele, admiro seu poder de persuasão, que culminou com 8 anos como presidente.

    Abraços e vida longa ao blog!!!

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  3. Acho o programa com o Lula interessante. É lá que tem espaço para falar com erros de português e tudo mais que tem direito.

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